domingo, 28 de abril de 2013

Casca de banana é usada na despoluição da água


Pesquisa do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba identificou a potencialidade da casca de banana na remediação de águas poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina, utilizados, em sua maioria, em plantações de cana-de-açúcar e milho. Em amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari e na estação de tratamento de água de Piracicaba, as águas contaminadas com estes pesticidas ficaram livres dos componentes após o tratamento, comprovando a eficácia do método, se comparado a outros procedimentos físico-químicos mais comuns, como a utilização de carvão. O estudo foi realizado nos laboratórios de Ecotoxicologia e Química Analítica do Cena.

O procedimento é realizado com as cascas de banana trituradas e peneiradas após serem secas em forno a 60ºC. Depois são adicionadas ao volume de água estabelecido e a mistura é agitada, filtrada e a água analisada em cromatógrafo de fase liquida acoplado a um espectrômetro de massas. A capacidade de adsorção da casca de banana também foi estudada utilizando técnica com compostos radiomarcados, que comprovou sua alta eficiência.

O uso da casca de banana apresenta vantagem sobre as demais metodologias, como as remediações térmicas, químicas ou físicas e a fitorremediação, segundo Claudinéia Silva e Graziela Moura Andrade, pesquisadoras envolvidas no estudo. Os processos tradicionais de tratamento de água não são suficientes para remover eficientemente resíduos de agrotóxicos de forma a atingir o padrão de potabilidade e evitar riscos à saúde humana, sendo necessária a adoção de técnicas mais competentes e de baixo custo.

Capacidade de adsorção

A banana é uma fruta tropical consumida mundialmente e sua casca corresponde de 30% a 40% de seu peso total, sendo utilizada, principalmente, para produção de adubos, ração animal e para a produção de proteínas, etanol, metano, pectina e enzimas. Seus principais constituintes são a celulose, hemicelulose, pectina, clorofila e outras compostos de baixo peso molecular. Assim, a casca da banana apresenta grande capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos, principalmente devido à presença de grupos hidroxila e carboxila da pectina em sua composição.

Segundo Sérgio Monteiro, um dos autores da pesquisa, estudante de doutorado do laboratório de Ecotoxicologia do Cena/USP e pesquisador científico do Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, essa metodologia de remediação poderá ser utilizada, principalmente, para tratamento de água de abastecimento público, advindas de regiões com intensa prática agrícola, como é o caso das cidades da região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo), que são totalmente abastecidas pelo aquífero Guarani e a região de Piracicaba, onde está localizado o Cena. “Os estudos para aplicação em grande escala ainda devem ser realizados, mas acreditamos que esse processo de remediação seja a melhor alternativa”, defende Monteiro.

“Tóxicos a organismos aquáticos, como peixes, crustáceos e moluscos, os efeitos crônicos desses herbicidas ao ser humano após exposições crônica ao longo de um extenso período ainda são controversos, fator que indica a necessidade de desenvolver estudos sobre a presença desses resíduos no ambiente e suas consequências sobre a saúde”, explica o professor Valdemar Luiz Tornisielo, responsável pelo Laboratório de Ecotoxicologia. Os resultados da pesquisa foram publicados na edição 61 do mês de abril da revista “American Chemical Society” e do “Journal of Agricultural and Food Chemistry”.

O notável crescimento da população durante as últimas décadas provocou um aumento das atividades industriais e, com isso, problemas ambientais. Como resultado da ação hostil da humanidade em prol de manter determinado nível de qualidade de vida, a poluição do solo, do ar e dos fluxos de água já são parte da vida cotidiana. Em relação a degradação que tem ocorrido com o passar dos últimos anos, a poluição da água é uma das maiores preocupações.

Agência USP.

Em 2100 parte do Semiárido pode se tornar deserto, diz Inpe


De acordo com o pesquisador do Inpe José Marengo, o aumento da temperatura e a falta de chuva podem ser os principais responsáveis pela aridez na região Petrolina (PE) - Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base em tendências climáticas revelam que, em 2100, parte do Semiárido brasileiro pode se tornar uma região de deserto. De acordo com o pesquisador do Inpe José Marengo, o aumento da temperatura e a falta de chuva podem ser os principais responsáveis pela aridez na região.

“Em 2050, algumas partes do Semiárido já podem passar a ser áridas. Atualmente chove apenas parte do ano e a precipitação é mal distribuída. No caso da aridez, é quando não há chuva”, explica. Para Marengo, a situação atual do Semiárido é preocupante devido à duração da estiagem. A rigorosa escassez de chuvas pelo segundo ano consecutivo impõe à região a pior seca dos últimos 50 anos, que atinge 1.046 municípios.

“O maior problema é que a população ainda não está adaptada à seca. E o fato não é um fenômeno surpresa, já aconteceu antes. Atualmente a população que sofre com os efeitos da estiagem, abandona seus terrenos no campo e migra para as grandes cidades. Isso pode criar um problema social, a pessoa desesperada por comida faz saques. Ela não quer roubar, só quer comer. O impacto da seca já passou a ser um fenômeno social, político, não apenas meteorológico”.

Os efeitos mais agressivos da estiagem estão concentrados na Região Nordeste, onde o Ministério do Meio Ambiente (MMA) já identificou oficialmente quatro núcleos de desertificação: são 1.340 quilômetros quadrados e aproximadamente 1400 municípios em 11 estados. A área abrange 16% do território brasileiro.

 Exame

Caatinga pode ser mais eficaz na absorção de gás carbônico


A vegetação da caatinga pode ser proporcionalmente mais eficiente do que as florestas úmidas para absorver o gás carbônico presente na atmosfera, em um processo natural, conhecido como sequestro de carbono. É o que pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, querem provar. 

Para isso, iniciaram um estudo por meio do qual foram instaladas duas estações micrometeorológicas em Campina Grande, na Paraíba, para monitorar o dióxido de carbono absorvido pelas plantas da região.
Segundo o físico Bergson Bezerra, pesquisador do Insa, o grupo pretende, com os resultados, conscientizar os governos e, principalmente, a população que vive no Semiárido sobre a importância de se preservar a vegetação nativa como forma de mitigar os impactos das alterações no clima da região.

“Construiu-se um preconceito em relação à caatinga, sustentado na ideia de que ela representa um ambiente hostil e inóspito. As pessoas sempre acreditaram que ela não servia para nada, que era melhor retirar toda a caatinga e substituí-la por [vegetações] frutíferas, por exemplo”, disse. “Queremos provar cientificamente que isso não tem fundamentação”, completou.

O pesquisador defende que se o produtor rural recuperar essas áreas com espécies nativas estará contribuindo não apenas para a “preservação do patrimônio do Semiárido”, mas também para o combate às alterações climáticas, por meio da absorção eficiente do carbono na atmosfera.

“Estudos revelam que as florestas tropicais têm alta capacidade de sequestrar carbono [da atmosfera], mas elas também apresentam altos níveis de emissão, que ocorre, por exemplo, com a queda de folhas. Já a caatinga, não sequestra tanto, mas emite quase nada e queremos investigar esse grau de eficiência, que acreditamos ser maior no caso da caatinga”, disse.

Bergson Bezerra enfatizou que os três primeiros meses de observação, já trouxeram “resultados auspiciosos”. “Será um estudo de longo prazo, com conclusão prevista para 2015. Mas essa observação preliminar já nos permitiu constatar que mesmo no período seco, quando a planta fica totalmente sem folha e com estresse hídrico, ainda há sequestro de carbono, ou seja, ela ainda cumpre seu papel ambiental.”
Ele ressaltou que com a chegada da estação chuvosa, nos meses de maio e junho, os pesquisadores acreditam que a atividade fotossintética será acentuada, com sequestro de carbono ainda mais intenso.

A caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e um dos mais alterados pelas atividades humanas. Trata-se de um tipo de vegetação que tem fauna e flora com grande diversidade de espécies e cobre a maior parte da área com clima Semiárido, principalmente da Região Nordeste. Ela é apontada pelos pesquisadores como um dos biomas mais vulneráveis às mudanças climáticas associadas aos efeitos de aquecimento global e pela exploração pelo homem de forma desordenada e insustentável.

Jornal do Brasil

Estudo aponta que bagaço da cana pode ajudar a purificar água poluída


Um engenheiro ambiental descobriu que o resíduo do bagaço da cana de açúcar pode retirar corantes de águas contaminadas, resultantes de processos industriais. A descoberta partiu de um estudo de Mestrado de Ecologia na Universidade Santa Cecília, em Santos, e está em processo de patente.

Durante uma visita em uma usina de cana de açúcar, o consultor ambiental Antônio Iris Mazza observou uma montanha de bagaço de cana. Ao lado, uma parte de resíduos que eram jogados em aterros sanitários, como se fossem lixo. A partir dessa observação, ele quis encontrar uma forma de utilizar aquele material. “Pensei em como produzir uma cinza para alguma coisa útil. Por isso resolvi trazer o material para o laboratório”, explica Mazza.

Nas primeiras experiências, ele tentou utilizar a chamada ‘cinza’ do bagaço da cana de açúcar para retirar carga orgânica do esgoto. Os primeiros testes foram positivos mas, depois, o procedimento apresentou resultados que não eram constantes e, por isso, não obteve sucesso. Mazza estudou mais um pouco o material e começou a fazer testes com água contaminadas com corantes, resultante de processos químicos. “Quando a água tem corante ela altera o processo de fotossíntese e, assim, todo o ambiente marítimo é afetado”, afirma. Por isso, segundo o engenheiro ambiental, a água contaminada com corante deve passar por vários processos antes de ser descartada.


Depois de aproximadamente 600 testes e uma pesquisa que durou quase sete meses, ele conseguiu comprovar que o pó do bagaço da cana retira até 80% do corante da água contaminada. Um procedimento foi utilizado em três tipos de corantes (amarelo, vermelho e azul) e deu o mesmo resultado positivo. Com isso, uma solução retirada da natureza, que seria descartada, é usada a favor do meio ambiente.

O resíduo do bagaço da cana é misturado com a água e são feitas 100 rotações por minuto em um recipiente. Após isso, o líquido passa por uma peneira e por uma centrífuga. Por último, a água passa por uma medição para avaliar quanto foi retirado do corante. “Esse procedimento com o resíduo pode ser usado para a retirada de cor, metais, carga orgânica, efluentes industriais e todo o processo que usa o carvão ativado”, explica o engenheiro. Apenas duas gramas de resíduo são suficientes para retirar o corante de um litro de água contaminada. A medição pode ser usada em qualquer proporção.

Sendo assim, o resíduo da cana pode ser substituído pelo carvão ativado, utilizado para esse procedimento de retirada dos resíduos, mas que gera um custo muito alto para a maioria das empresas. “O corante é usado em tudo, como, por exemplo, para fazer uma camiseta colorida. Mas não pode jogar isso no meio”, explica o orientador da pesquisa de Mestrado de Mazza, o professor doutor Sílvio José Valadão Vicente. 

Segundo ele, a descoberta da ação desse resíduo aconteceu por acaso, assim como tantas outras invenções no mundo, e é mais uma conquista a favor da sustentabilidade. “A sustentabilidade deixou de ser a expressão da moda e passou a ser uma necessidade", afirmou o doutor.

Pesquisas mais minuciosas poderão comprovar se o resíduo pode transformar água não potável em água para reuso. A boa notícia é que, segundo eles, isso já é um palpite quase certo. “A pesquisa deu indicadores de que pode ser usado o resíduo. Mas os testes ainda precisam ser feitos”, afirma o engenheiro.

Após apresentar a descoberta para o mundo acadêmico, Mazza está em processo de patentear o tratamento com o RBC (resíduo do bagaço da cana). Como consultor ambiental, ele continua fazendo testes e observando resíduos nas indústrias para que, no futuro, cada vez mais se use a matéria prima natural para resolver problemas industriais a baixo custo. “Esse material vem da natureza. Existe um ganho financeiro e não destrói árvores, como se faz com o carvão. Eu criei mais um produto que veio da cana de açúcar”, finaliza Mazza.

 G1

Ovelhas com gene de medusa ficam fluorescentes


Lã que nada: essas duas ovelhas estão dando pano pra manga. Após receberem um gene fluorescente de medusa, duas simpáticas ovelhinhas passaram a brilhar, literalmente.



A façanha é da fundação IRAUy, no Uruguai. Nas fotos, as ovelhas estão sob luz ultravioleta

Extra.Globo

Grama híbrida pode ajudar a mitigar efeito de enchentes, diz estudo


Uma grama híbrida cultivável, desenvolvida por uma equipe de pesquisadores britânicos, pode ajudar a conter enchentes, aponta um estudo recém-publicado.

Testes científicos mostraram que a grama reduz inundações pela metade, se comparada com a grama plantada para alimentar gado.

Os cientistas responsáveis pelo estudo dizem, em artigo na publicação "Scientific Reports", que o crescimento rápido e o bem desenvolvido sistema de raízes da grama híbrida fazem com que ela absorva mais umidade no solo, em vez de deixar que a água escorra.

Essa nova grama é um híbrido entre as espécies Lollium perenne -- comumente usada para pastos -- e Festuca pratensis, mais resistente.

Um dos autores do projeto, Kit Macleod, que é pesquisador-sênior no Instituto James Hutton de pesquisas agrícolas, disse que já havia um projeto de longo prazo para desenvolver novas gramas, mas seu benefício ambiental ainda não havia sido testado.

"Então tive a ideia de fazer um experimento para descobrir como essas novas gramas poderiam beneficiar não apenas a produção, sob a perspectiva do agricultor, mas também reduzir inundações", disse ele à BBC.

"Há muito interesse em lidar com terras agrícolas de forma a produzir benefícios múltiplos, sobretudo no que diz respeito a questões ambientais, [diante de] mudanças nas chuvas e nos padrões de temperatura".

Mudanças na estrutura do solo

Ao longo de dois anos, Macleod e sua equipe descobriram que a grama híbrida impedia que a água escorresse, em níveis 51% superiores em comparação com a espécie de pasto e 43% superiores em comparação com a Festuca pratensis.

"Achamos que isso tem a ver com as mudanças na estrutura do solo [por conta] da grama", prossegue Macleod. "Ela cria mais capacidade de armazenamento para água".

Ao mesmo tempo, diz ele, a espécie híbrida tem a mesma propriedade de rápido crescimento de raízes observada na espécie Festuca pratensis, o que também aumenta seu poder de absorção.

No entanto, Macleod ressalta que a nova grama não tem poderes "mágicos" para impedir enchentes ela apenas parece reduzir o volume de água que escorre de pastos em áreas com tendências a enchentes.

G1 Natureza

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Faça você mesmo: desinfetante caseiro


Germes e bactérias estão por toda parte da sua casa. Eles são muito comuns e aparecem nos móveis, nas louças, no banheiro e onde você menos imagina. Por isso, é importante que se tenha um desinfetante para ajudar na remoção desses microorganismos e para deixar sua casa mais limpa. No entanto, a maior parte desses produtos é considerada tóxica e pode contaminar o usuário e o ambiente. Juntando um lugar sujo, cheio de bactérias, com um spray que é nocivo à saúde, o resultado só pode ser ruim.

Existem outros métodos mais sustentáveis para resolver esse problema. Um deles é a criação caseira de um desinfetante com ingredientes acessíveis e menos danosos ao meio ambiente. O que apresentaremos abaixo foi desenvolvido por um cientista doDepartamento de Ciência Alimentícia e Tecnologia da Virginia Tech, nos EUA, para remover salmonela das carnes e vegetais, mas que funciona também para eliminar microorganismos transmissores de gripes e resfriados.

Ingredientes necessários

-100 ml de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) a uma concentração de 3%;
-250 ml de vinagre branco
-250 ml de água
-1 frasco com capacidade para 500 ml;
-1 bico de pulverização (caso o frasco não o possua).

Procedimento

Encha o frasco com a água e o vinagre branco e coloque o bico de pulverização na sequência.
Mantenha seu potinho de água oxigenada em uma mão e o spray de vinagre na outra. Em seguida, defina a área que você quer desinfetar e despeje um pouco de água oxigenada e, depois, borrife o vinagre diluído.

Esse desinfetante foi desenvolvido para ser pulverizado diretamente na comida, mas você pode usá-lo para vários outros fins. Ele pode servir como um antisséptico para pequenos ferimentos ou até como esterilizador de frutas e legumes (mas é necessário lavá-los após a aplicação do desinfetante).

Essa variedade de opções ocorre devido às propriedades antissépticas da água oxigenada.

Revista Ecologico

Pesquisador: sustentabilidade envolve vários componentes


O cenário de sustentabilidade global não está limitado ao controle da produção de dióxido de carbono, de acordo com o engenheiro agrônomo Elibio Rech, pesquisador do Laboratório de Biologia Sintética da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen).

“A equação da sustentabilidade é composta de diversos componentes, como saúde humana, educação, segurança alimentar, ambiental e ecológica e valor de mercado. É particularmente importante que as tecnologias modernas, incluindo os transgênicos, sejam cada vez mais utilizados para atingir a intensificação sustentável da produção de alimentos”, disse Rech, que também é  professor da pós-graduação em Biologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB), durante a 7ª Conferência e Assembleia Geral da Rede Global de Academias de Ciências (IAP).

De acordo com o engenheiro agrônomo, exemplos no Brasil de iniciativas científicas sustentáveis não faltam: na área de bioenergia e de óleos, por exemplo, a Embrapa Cenargen está fazendo a chamada engenharia metabólica.

“Nós mudamos a rota metabólica dentro da soja para aumentar a quantidade de ácido oleico – o bom óleo – e reduzir o ácido palmítico, o que é interessante para a área de bioenergia de combustíveis. O óleo da soja usado como combustível, composto por aproximadamente 25% de ácido oleico e 13% de palmítico, apresenta menor desempenho e dano ao motor por oxidar mais rapidamente e ter um ponto de congelamento alto. A soja que desenvolvemos tem 95% de oleico e 4% de palmítico, o que faz com que ela não oxide e não congele facilmente, melhorando o desempenho do motor”, exemplificou Rech.

Para uso no consumo humano, o alto nível de ácido oleico na soja possibilita expandir o tempo de saturação do óleo durante o processo de frituras.

A Embrapa desenvolveu também uma série de moléculas transgênicas recombinantes, como a insulina transgênica e o hormônio do crescimento, contou Rech.

Em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, a empresa brasileira desenvolveu linhagens de soja produtoras de sementes contendo a molécula cianovirina, de ação microbicida, que os cientistas pretendem usar para a fabricação de um gel vaginal anti-HIV [leia mais na revista Pesquisa FAPESP].

Segundo Rech, o maior problema ainda é o preço dessas tecnologias. “Essas moléculas já estão disponíveis, mas ainda são muito caras. O tratamento com o hormônio do crescimento humano, por exemplo, custa cerca de R$ 4 mil por mês. Temos evidências de que, usando plantas para gerar a matéria-prima, conseguiremos reduzir o custo desses medicamentos, o que terá uma implicação social importante, uma vez que assim aumentaremos o acesso da população a eles”, afirmou.

Organizada pela Academia Brasileira de Ciências, a 7ª Conferência e Assembleia da IAP, que teve como tema "Ciência para a Erradicação da Pobreza e o Desenvolvimento Sustentável", reuniu no início do ano mais de 130 cientistas de diversos países no Rio de Janeiro.  

Agência Fapesp

Autoridade da OMS alerta que novo vírus H7N9 é um dos mais letais


O especialista Keiji Fukuda, da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse hoje (24) que o vírus H7N9, identificado pelas autoridades da China, é um dos mais letais do mundo. Em um congresso de peritos, Fukuda alertou sobre a gravidade do vírus. A China confirmou 108 casos e 22 mortes desde as primeiras infecções, em 31 de março. Por enquanto, a maioria dos casos de H7N9 identificados está na área comercial de Xangai e províncias vizinhas no Leste da China.

Para os especialistas da OMS, a doença tem origem nas aves domésticas. Eles disseram estar preocupados. Em comunicado, informaram que, até o momento, não há elementos para confirmar que a doença é transmissível entre pessoas.

As autoridades de saúde  em Taiwan comunicaram que o primeiro caso de H7N9 foi identificado em um homem, de 53 anos, que trabalhou na cidade de Suzhou, no Leste da China. Ele apresentou os sintomas três dias após ter regressado a Taiwan, passando por Xangai (na China). O ministro da Saúde de Taiwan, Chiu Wen-ta, disse que o paciente informou que não teve contato com aves domésticas.

Fukuda acrescentou que o vírus H7N9 é facilmente transmissível. “Acreditamos que esse vírus é mais transmissível a pessoas do que o H5N1”, disse ele, lembrando que o H5N1 matou mais de 360 pessoas no mundo, desde 2003.

Jornal do Brasil

Cientistas modificam bactéria para produzir biodiesel mais eficiente


Cientistas alteraram amostras de Escherichia coli, tipo de bactéria da qual há cepas que comumente se encontram no intestino, para produzir um tipo de biodiesel mais eficaz do que os que existem hoje no mercado. O trabalho foi feito por cientistas britânicos e publicada nesta segunda-feira (22) pela “PNAS”, a revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

A Escherichia coli tem a propriedade natural de transformar açúcares em um óleo que compõe sua membrana. No corpo humano, essa característica faz com que ela se integre ao muco do intestino grosso e seja uma bactéria importante da flora intestinal – salvo alguns casos em que variações dela provocam diarreia.

A equipe de cientistas liderada por John Love, da Universidade de Exeter, criou uma maneira de fazer com que as propriedades da bactéria servissem na produção do diesel. Para isso, pegaram genes de outras bactérias e reuniram na Escherichia coli, alterando algumas de suas características.

Em seguida, combinaram as substâncias que serviram como ingredientes para que as bactérias produzissem o diesel. Elas consomem o alimento preparado pelos cientistas e o resultado do processo é um óleo diesel considerado ideal pelos cientistas.

O novo biodiesel é melhor do que as alternativas já disponíveis no mercado porque tem uma estrutura química muito parecida com a do que é feito de petróleo. Assim, não precisaria ser misturado ao diesel tradicional – como ocorre com alguns tipos de biodiesel – e funcionaria com os motores já existentes, sem nenhum tipo de adaptação.

Os autores ressaltaram que, no momento, o principal desafio para a aplicação da tecnologia é a capacidade de produzir em escala comercial. Nos próximos estudos, eles devem aperfeiçoar a técnica, de forma a aumentar a produtividade de uma maneira que seja financeiramente viável.

G1

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Naturalista britânico afirma que humanos são 'uma praga sobre a Terra'


O naturalista britânico David Attenborough acredita que os humanos são "uma praga sobre a Terra" e disse que é preciso controlar o crescimento da população para garantir a sobrevivência, segundo afirmou em entrevista à revista "Rádio Times".

O prestigioso naturalista, de 86 anos, mostrou seu pessimismo com relação ao futuro do planeta, que, em seu critério, não será afetado apenas pela mudança climática, mas também pela presença massificada de humanos, para os quais talvez não haja recursos suficientes.

"Não se trata só da mudança climática. É também uma questão de espaço, se haverá lugares suficientes para cultivar alimentos para fornecer a essa enorme multidão", explicou Attenborough.

O naturalista e apresentador de documentários sobre a vida silvestre, que foi prêmio Príncipe de Astúrias em 2009, pediu além disso que seja controlado o crescimento da população antes que o próprio planeta faça isso, como "já ocorre" em algumas zonas da África assoladas pela crise de fome.

"Seguimos desenvolvendo programas contra a fome na Etiópia, lá é onde está acontecendo isso. Há muita gente ali. Eles não conseguem se manter e não é desumano dizê-lo em voz alta. É a realidade", disse o veterano apresentador da "BBC".

Attenborough prevê que os efeitos de massificação humana e a contaminação serão visíveis em 50 anos e que, enquanto não houver uma linha de atuação coordenada por todos os países, a situação no planeta "irá ficar pior ainda".

A crença de que será o próprio humano que destruirá o planeta é um argumento habitual que o naturalista, reconhecido defensor do meio ambiente, expressou em diversas ocasiões em seus documentários.

Em seus mais de 60 anos de profissão, realizou diversas séries centradas na vida da Terra que lhe renderam vários prêmios dentro e fora do Reino Unido, uma forma de trabalhar que, segundo Attenborough, está em período de extinção.

"Esse tipo de programas feitos sob medida, quando a narração trabalhada combinava devidamente com as imagens está fora de moda, igual a um chapéu velho", comentou o apresentador, que atribuiu as mudanças à economia.

No entanto, rejeitou qualquer tipo de nostalgia quanto a seu método de trabalho, já que não "acredita que seja necessário um novo Attenborough".

UOL

domingo, 21 de abril de 2013

Greenpeace promove ato em defesa do Ártico


A organização não governamental Greenpeace promoveu nesta manhã (20), na Praia de Botafogo, na zona sul do Rio, um ato em defesa do Ártico, criando com os próprios corpos as palavras “I love Arctic”, que em português significa “Eu amo o Ártico”.

A ação foi feita simultaneamente em outras 280 cidades, de 36 países, para chamar a atenção da sociedade civil e fazer pressão para que os países integrantes da Organização da Nações Unidas (ONU) implementem medidas de proteção do Ártico, um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta.

A ONG defende a criação de um santuário mundial na área em torno do Polo Norte e a proibição da exploração de petróleo em alto mar e da pesca predatória na região. Segundo o Greenpeace, a exploração de petróleo no Ártico torna a operação altamente arriscada, devido ao frio intenso.

Agência Brasil - Meio Ambiente

Pesquisadores da Embrapa e UFRJ desenvolvem planta com tolerância à seca


Um estudo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pode ser a solução para os estragos causados pela estiagem nas lavouras. Pesquisadores descobriram no café o gene CAHB12, com tolerância à seca.

O gene pode ser introduzido em outras culturas que não a do grão e seu desempenho já se mostrou bem sucedido em uma planta de testes. O próximo passo será aplicá-lo à cana, ao arroz, ao trigo, à soja e ao algodão e observar o comportamento do CAHB12. Se tudo sair como esperado, a tecnologia pode estar no mercado em um período de cinco a seis anos.

O CAHB12 foi descoberto durante um projeto para traçar o genoma da café. Dentre cerca 30 mil genes foram encontrados alguns com tolerância ao estresse hídrico. Um grupo começou a estudá-los e detectou um que, quando submetido à seca, aumentava sua expressão e se adaptava.

“Nós retiramos do café e introduzimos em outra espécie, a Arabidopsis thaliana, uma planta modelo de testes. A planta que recebeu o gene ficou muito mais resistente à seca. As que não tinham recebido após aproximadamente 15 dias sem água, morriam. As que recebiam sobreviviam até 40 dias. Além disso, suas sementes ficaram resistentes à seca até a terceira geração”, explica o pesquisador da Embrapa Eduardo Romano, doutor em biologia molecular.

Se os resultados observados na planta de testes se repetirem nas culturas comerciais como arroz, trigo e afins, ainda será necessária uma série de estudos de biossegurança ambiental e alimentar antes de disponibilizar o CAHB12 para comercialização. “Há um caminho longo pela frente, mas a perspectiva é interessante”, diz Eduardo Romano.

Segundo Romano, a probabilidade é que, caso a tecnologia chegue ao mercado, seja oferecida a custos baixos a pequenos produtores afetados pelo problema da seca. “Pensamos sempre em desenvolver tecnologias que promovam a inclusão e ajudem a minimizar problemas sociais”, diz.

O pesquisador explica que o gene pode ser benéfico em muitos sentidos. Além de alternativa para combater os efeitos da seca que tendem a ser potencializados em um cenário de mudanças climáticas, a tecnologia pode contribuir para a economia de água. “Um total de 70% da água doce do mundo é utilizada na agricultura. Com o aumento da população, é preciso produzir mais alimentos usando menos água [pois não é um recurso renovável]. Gasta-se água e energia. A tecnologia pode resultar em uma redução direta do consumo de água”, disse. Romano prevê ainda alimentos mais baratos. “Em um país como o Brasil, com vários processos de perda de produtividade por causa da seca, tenderia a evitar a flutuação de preços”.

Para produtores rurais da Região Nordeste, que em 2012 e 2013 estão enfrentando níveis de chuva abaixo do normal e sofrendo perdas na safra e nas criações, uma tecnologia do tipo representaria uma margem de segurança para plantar. De acordo com Noel Loureiro, assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal) e membro do Comitê da Seca daquele estado, os produtores do sertão alagoano colheram menos de um décimo da safra de milho e feijão no ano passado e a perspectiva para 2013 é semelhante. O período de chuvas na área costuma ser de março a julho, mas as precipitações foram escassas em 2012 e a previsão é a mesma para este ano.

“A maioria [dos agricultores] não chegou nem a plantar. Foi o aconselhamento do Comitê da Seca. Mas não dá para evitar o prejuízo com o gado, que tem que ser alimentado. O pessoal está usando bagaço de cana e comprando milho pela metade do preço do governo”, diz. Na avaliação dele,  uma tecnologia que tornasse a lavoura mais resistente seria “muito importante”.

“Nós temos uma geografia de catástrofe. Como [o clima] é muito volátil, se tem qualquer oscilação perdemos a safra. Hoje só não se vê mais aquelas cenas de gente se retirando, com fome, porque o governo tem muitos programas sociais”, avalia.  

A descoberta dos pesquisadores da Embrapa e UFRJ já foi registrada no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O próximo passo será solicitar a patente internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), gerido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), com sede em Genebra, na Suíça.

Agência Brasil

Projeto ajuda pequenos criadores atingidos pela seca em Pernambuco


Pelas contas do Governo do Estado, Pernambuco já perdeu 800 mil animais por causa da seca. A pouca chuva que caiu não foi suficiente pra recuperar as plantas da caatinga nem pra produzir forragem. Os criadores temem perder o que restou dos rebanhos.

Para tentar reduzir as perdas no sertão, o governo decidiu investir na produção de milho forrageiro em áreas irrigadas. O primeito lote tem 140 hectares e fica dentro do perímetro irrigado do Vale do Rio São Francisco, em Petrolina. O milho, da variedade gorutuba, desenvolvida pela Embrapa, tem crescimento muito rápido e a planta inteira é usada como forragem, como explica Elias Cintra, agrônomo do IPA, Instituto Agronômico de Pernambuco.

O cultivo do milho foi feito em conjunto com 45 pequenos agricultores da Comunidade do Bebedouro. Os custos para os produtores são baixos e o preço pago pelo governo é interessante.

O milho produzido vem sendo fornecido de graça a pequenos criadores, que têm em torno de 40 cabeças de gado, de 12 municípios da região. Eles entram apenas com a mão de obra para colher a lavoura.

O Governo de Pernambuco já autorizou o plantio de mais 140 hectares do milho forrageiro no perímetro irrigado de Petrolina e planeja plantar mais mil hectares em outras cinco áreas irrigadas do Estado.

G1

Chuva de meteoros poderá ser observada no país nesta madrugada


Prepare seu telescópio, pois a madrugada desta segunda-feira (22) promete ser agitada no céu brasileiro.

De acordo com o Observatório Nacional, instituto de pesquisa do país que trabalha nas áreas de astronomia, geofísica e metrologia, uma chuva de meteoros está prevista para acontecer nesta madrugada, fenômeno que poderá ser melhor visualizado, até mesmo sem o auxílio de equipamentos, por quem estiver nas regiões Norte e Nordeste.

Essa chuva de meteoros é chamada de Liríadas, pois irradia da constelação de Lira. De acordo com o Observatório Nacional, este fenômeno deve ocorrer até o próximo dia 25, no entanto, atinge seu ápice nesta segunda.

Meteoros são pequenos corpos celestes que se deslocam no espaço e entram na atmosfera da Terra, queimando parcialmente ou totalmente devido ao atrito com a atmosfera terrestre e ao contato com o oxigênio. Este fenômeno deixa um risco luminoso no céu, popularmente conhecido como “estrela cadente”.

O Observatório Nacional explica que uma chuva de meteoros acontece quando a Terra cruza a órbita de algum cometa, fazendo com que pequenos fragmentos deste corpo celeste saiam de sua rota já traçada e penetrem a atmosfera terrestre.

No caso das Liríadas, o fluxo de entrada de fragmentos é de 10 a 20 meteoros por hora, quantidade que pode chegar até cem por hora.

G1

sábado, 20 de abril de 2013

Cientistas descobrem gene ligado à regeneração das células do coração


Um estudo publicado nesta quarta-feira (17) revela a influência que um gene específico tem sobre a capacidade regenerativa do coração. Os responsáveis pela descoberta acreditam que ela possa ser aplicada em tratamentos cardíacos.

O gene em questão se chama Meis1, e sua atuação está naturalmente ligada aos primeiros meses de vida. Cientistas já haviam percebido que a atividade deste gene sobre as células cardíacas aumenta pouco após o nascimento – que também é o período em que essas células param de se dividir e o coração adquire a forma que terá pelo resto da vida, com diferença apenas de tamanho.

A equipe de Hesham Sadek, da Universidade do Sudoeste do Texas decidiu então testar se a "retirada" desse gene já na fase adulta faria com que as células do coração voltassem a se dividir.

A pesquisa, publicada na versão online da revista “Nature”, mostra que o bloqueio da ação do Meis1 obteve esse efeito desejado em camundongos no laboratório. Além disso, nenhum efeito colateral nocivo foi registrado nas cobaias.

Em estudos anteriores, a mesma equipe já havia descoberto que a multiplicação de células cardíacas é eficaz na regeneração do coração, necessária em casos de lesões graves, como um infarto. Portanto, se os médicos conseguirem controlar e induzir esse processo, poderão aplicá-lo na recuperação de pacientes.

G1 Saúde

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Formação única deixa montanhas coloridas na China; veja fotos


Elas parecem ter sido pintadas à mão, mas são obra de milhões de anos de ação geológica.

Multicoloridas, as montanhas do Parque Geológico Zhangye Danxia chamam a atenção dos turistas cada vez mais numerosos que vão até a província de Gansu, no norte da China.


Esse tipo de geomorfologia única, encontrada apenas na China, consiste em formações de arenito e outros depósitos minerais que foram se acumulando por mais de 24 milhões de anos.

O movimento da crosta terrestre, junto com fatores externos, como vento e chuva, foram criando camadas de diferentes cores, texturas, tamanhos e padrões.


Não muito conhecida, a cidade de Zhangye está chamando a atenção dos turistas que querem ver de perto essa paisagem curiosa.

Passarelas e estradas estão sendo construídas ao longo das montanhas para encorajar os visitantes a explorarem a área.

G1

Conservação do solo é tema de debate em Brasília


Em comemoração ao Dia Nacional da Conservação do Solo, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) debatem hoje (16) o tema em seminário. O objetivo é discutir a importância do uso e manejo sustentável do solo.

A data, celebrada em todo o país ontem (15), visa a conscientizar os governos municipais, estaduais e federal, além da sociedade, sobre políticas e ações voltadas à manutenção e melhoria da capacidade produtiva. Tais medidas são necessárias para ampliar a produção de alimentos, sem comprometer a preservação do meio ambiente, visto que o solo é a base da agropecuária brasileira.

Na avaliação do primeiro vice-presidente da CNA, João Martins Silva Junior, a comemoração da data é “pertinente e adequada”, servindo de alerta neste momento que a agricultura contribui para o progresso do país. “A conservação do solo é fator preponderante para que o Brasil consolide posição como maior produtor de alimento. Aqui queremos discutir problemas e achar soluções para a terra utilizada, que deve ser encarada como bem esgotável”, disse.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, os recursos voltados para a conservação têm grande retorno. “Investimento em solo é investimento sólido, garantido e com grande retorno”, defendeu. “Estamos somando esforços e dividindo responsabilidades para produzir mais e com sustentabilidade”, completou.

Participam do debate técnicos, produtores e especialistas. A programação prevê debates e discussões sobre técnicas na visão do produtor; plantio direto; evolução, conquistas e demandas para conservação do solo; integração lavoura-pecuária-silvicultura e sistema de avaliação da sustentabilidade da propriedade rural.

Agência Brasil

Governo estuda simplificar licença ambiental a pescadores, diz ministro


O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, disse hoje (19) que "o  Brasil caminha para uma reforma aquária menos complexa do que a reforma agrária", com o objetivo de explorar melhor o potencial das águas dos rios e do mar. Ele destacou que essa é uma preocupação da presidenta Dilma Rousseff, que determinou à Casa Civil a elaboração de um projeto especial para o setor. Uma das finalidades é simplificar a licença ambiental para a pesca nas águas da União. 

Os governos estaduais também estão dando passos na mesma direção, de acordo com o ministro. Em São Paulo, por exemplo, o governador Geraldo Alkmin liberou a captura de peixes e de camarão áreas com até 5 hectares, segundo Crivella.

O projeto que simplifica a concessão de licença ambiental para os pescadores vai estimular a exploração próximo a grandes barragens, açudes,  rios e reservatórios de hidrelétricas. “O Brasil produz atualmente apenas 500 mil toneladas de peixes, muito menos que seus vizinhos, como o Peru e o Equador, e tem condições de chegar a 20 milhões de toneladas anuais", destacou Crivella, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços. “Em Honduras, na América Central, um único empresário produz 1 milhão de toneladas por ano” completou o ministro.

Em relação à pesca predatória, o ministro destaca que o Brasil atua na fiscalização. “Já começaram a trabalhar 28 lanchas, adquiridas por meio de convênio com a Marinha do Brasil para coibir a pesca clandestina e predatória, especialmente por barcos estrangeiros. Também ajudam no trabalho 150 mil barcos brasileiros que pescam legalmente nas regiões onde há maior concentração de peixes, pois eles não querem ser prejudicados pela concorrência ilegal."

O ministro lembrou que um dos grandes benefícios aos pescadores artesanais será a Carteira de Pescador, documento permanente pelo qual eles terão mais facilidade para acessar os benefícios sociais concedidos pelo governo, facilitando também o recebimento do seguro na época do defeso – quando determinadas espécies não podem ser capturadas, por ser período de procriação, e eles ficam sem trabalhar.

Agência Brasil

Escritor defende literatura indígena para embasar estudo de culturas tradicionais


Quando era professor, Olivio Jekupe precisava provar para os alunos que tinha conhecimento da disciplina para que os estudantes passassem a respeitá-lo. “Quando eles duvidavam, eu começava a falar difícil e eles não entendiam nada”, relembra sobre a época em que precisou lecionar para se sustentar como estudante de filosofia. Hoje, é Olivio que se preocupa com a preparação dos professores. Na semana em que lança o seu 12º livro de literatura, o índio guarani defende a difusão das obras escritas por indígenas como forma de embasar o estudo da história e da cultura desses povos nas escolas.

“Os professores vão ter que falar sobre nós. O que eles vão falar? Se não têm assunto, eles vão falar um monte de besteiras sobre a gente. Então, por isso, que é importante o surgimento dos escritores indígenas”, diz Olivio a respeito do cumprimento da Lei 11.645 de 2008, que determina a inclusão das culturas negra e indígena no ensino médio e fundamental.

Nascido em 1965, em Nova Itacolomy, interior do Paraná, Olivio começou a estudar filosofia em 1988, na Pontifícia Universidade Católica de Curitiba. Morava de favor com uma família da etnia Kaingang e vendia artesanato para se sustentar. Encorajado pelos amigos, começou a dar aulas para o ensino fundamental. Com dificuldades financeiras, veio para a capital paulista, para estudar gratuitamente na Universidade de São Paulo (USP). Apesar de ter investido mais quatro anos na filosofia, não conseguiu concluir o curso. “Vim para a USP porque era de graça, mas piorou, ficou mais caro, porque na USP o curso de filosofia é muito pesado. Na USP você tem que ler muito e gasta em tudo”, lamenta.

Olivio permaneceu na cidade e se consolidou como escritor. Atualmente, não só escreve, como incentiva outros índios nos rumos da literatura. Assim, ele acredita que vai conseguir derrubar as mentiras que foram ditas contra os povos da terra ao longo dos últimos séculos. Inverdades concretas nos monumentos que adornam a cidade de São Paulo “É um absurdo. Você passa em Santo Amaro e vê o [bandeirante] Borba Gato. Depois tem o [bandeirante] Anhanguera. A história mostra que eles eram grande heróis porque matavam índios” reclama. “É por isso que a literatura [feita pelo] índio aos poucos vai chegando e os escritores indígenas vão começar a desmascarar essa coisa”.

Morador da aldeia guarani Krukutu, em Parelheiros, extremo sul da capital paulista, Olivio conta que ao montar a sua última coletânea,  As Qeixadas e Outros Contos Guarani, incluiu entre os escritores até mesmo a própria mulher, que é analfabeta. Segundo ele, uma forma de adaptar os contadores de história guarani aos novos tempos. “Havia os índios com o dom de guardar as histórias na cabeça, não é todo mundo que tem esse dom”.

Para ele, a incorporação dos saberes e das tecnologias dos brancos é uma maneira de defender a cultura dos povos tradicionais. “Quando não tinha nada disso, eles falavam que o índio é atrasado. Quando a gente começa a pegar tudo isso, eles falam que o índio é aculturado, que está perdendo a cultura. Não, não está perdendo. Essas coisas que a gente usa hoje são uma forma de defesa”, disse na entrevista à Agência Brasil, que foi marcada pelo Facebook.

Segundo o escritor, as bases da cultura indígena são a língua e a religião. Se isso for mantido, todo o resto pode ser usado para fortalecer a comunidade. Ele compara o uso das tecnologias pelos índios à maneira como os brancos se apropriaram dos saberes tradicionais dos índios, como a farinha de mandioca, a pamonha e o hábito de dormir em redes. “A tecnologia que os brancos inventaram a gente tem que usar para o bem. Assim como os brancos pegaram muita coisa dos índios e não fez mal”, enfatiza. “Temos computador, tem gente com celular, tem gente com Facebook, com e-mail. Hoje, a gente usa tudo isso, às vezes melhor do que os brancos”.

Olivio explica que, além da literatura indígena, a aldeia tem outras ações para difundir a cultura guarani. “A gente tem um coral. A escola que quiser é só entrar em contato com a gente, que nós vamos até a escola, damos uma palestra e fazemos uma apresentação do coral para as pessoas entenderem como é a música guarani”, ressalta, sobre o trabalho que é gerido pela associação da comunidade.

A organização jurídica formal foi a maneira encontrada pelos moradores da Krukutu de fortalecer a liderança tradicional do cacique e também garantir autonomia da aldeia, poder tratar dos próprios negócios sem intermediação da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Agência Brasil

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Terceiro caso de morte por gripe H1N1 é confirmado em São Paulo


A prefeitura de São José do Rio Preto, no interior paulista, confirmou hoje (16) a morte de um homem de 54 anos em decorrência de gripe influenza A (H1N1) – gripe suína. A vítima, que estava internada na Santa Casa de Misericórdia da cidade desde o último dia 8, não tinha outras doenças pré existentes. É o terceiro caso de morte em decorrência da gripe no estado de São Paulo em 2013.

Foram registradas mortes também na capital paulista e em Catanduva. No estado, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado hoje (16), existem 36 pessoas com gripe em estado grave (Síndrome Respiratória Aguda Grave): 18 delas com influenza A e 18 com influenza sazonal. Em 2009, período em que houve a pandemia da doença, o estado de São Paulo registrou aproximadamente 12 mil casos de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e aproximadamente 600 mortes.

Em vigor desde ontem (15), a campanha de vacinação no estado pretende imunizar contra a gripe cerca de 7 milhões de paulistas. A quantidade equivale a 80% dos 8,7 milhões de pessoas alvo da campanha: idosos com 60 anos de idade ou mais, gestantes, crianças de 6 meses até 2 anos, indígenas, pacientes diagnosticados com doenças crônicas, profissionais de saúde, mulheres puérperas (deram à luz em até 45 dias), e presidiários.

Além de imunizar a população contra a influenza A, a campanha também irá proteger a população contra outros dois tipos de gripe: a influenza A (H3N2) e influenza B.
 
Agência Brasil

Número de celulares supera em 20% o número de habitantes da Paraíba


A Paraíba fechou o mês de março de 2013 com 4.713,374 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e teledensidade de 120,11 acessos por 100 habitantes. Levando em consideração o número de habitantes do Estado (3.766.384, segundo censo 2010 do IBGE), o número de celulares supera em 20%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Em todo Brasil, o número de celulares chegou a 264,05 milhões e a teledensidade de 133,67 acessos por 100 habitantes. Em março, foram registradas quase 1,01 milhão de novas habilitações, o que representa um crescimento de 0,38% na base de assinantes em relação a fevereiro. No terceiro mês do ano, havia 211,38 milhões (80,05%) de acessos pré-pagos e 52,67 milhões pós-pagos (19,73%). A banda larga móvel totalizou 68,26 milhões de acessos.

A teledensidade em março chegou a 133,67 linhas habilitadas para cada grupo de 100 habitantes. A maioria das linhas registradas (80,05%) eram acessos pré-pagos e 19,73% eram pós-pagos. A banda larga móvel totalizou 68,26 milhões de acessos.

Em março, a operadora Vivo liderava o mercado, com 28,78% de participação, seguida pela TIM, com 26,98%, da Claro, com 25,11%, da Oi, com 18,74%, da CTBC, com 0,32% e da Sercomtel, com 0,03%. A Porto Seguro, que opera como autorizada da rede virtual, registrou 0,02% de participação no mercado.

Jornal da Paraíba

Vinte cidades da Paraíba entram em colapso de água


Com a suspensão do abastecimento total de água em mais oito municípios do Estado, nessa segunda-feira (15),  a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) já contabiliza 20 municípios em colapso no abastecimento de água. O racionamento, por sua vez, persiste em outras 13 cidades do Estado, das quais três estão com previsão para sofrerem a interrupção total ainda este mês, se as chuvas não caírem com regularidade nos próximos dias.

De acordo com Marle Bandeira, meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), para as cidades de Cacimba de Dentro, Solânea, Bananeiras, Araruna, Riachão, Tacima, Dona Inês e Damião as previsões de chuvas são animadoras e o colapso pode não se estender por muito tempo. “Para a população dessas cidades, que ficam localizadas no Brejo do Estado, a expectativa é que sejam beneficiados com o período chuvoso, que se estende de abril a julho. Por enquanto, as precipitações ainda foram irregularidades, mas a esperança é que o inverno seja positivo e contribua com a elevação no nível do açude que os abastece”, informou.

Para os demais municípios que sofrem com o colapso, em especial aos localizados no Cariri, a previsão é que a situação permaneça crítica por bastante tempo. Já no sertão, segundo a meteorologista, as chuvas que caíram nos últimos dias e que devem permanecer até maio, podem evitar que o colapso se instale. “A região do Vale do Piancó tem registrado índices bons de chuvas. Ainda não temos como precisar se será o suficiente para garantir o abastecimento por todo o restante do ano, mas acreditamos que elas serão capazes de se instalarem no subsolo e serem utilizadas através de poços”, disse Marle Bandeira.

Na lista dos municípios que enfrentam o desabastecimento total de água, estão Brejo dos Santos, Bom Sucesso, Triunfo, Imaculada, Pilões, Belém, Caiçara, Logradouro, Jericó, Mato Grosso, Lagoa, Diamante, Cacimba de Dentro, Solânea, Bananeiras, Araruna, Riachão, Tacima, Dona Inês e Damião. Os oito últimos eram abastecidos pelo açude Canafístula e já sofriam com o racionamento de água, desde o final do ano passado.

Em março deste ano, quando o reservatório operava com apenas 11% de sua capacidade, os moradores contavam com apenas três dias com água e passavam quatro dias sem abastecimento.

Agora, a Cagepa está levando água aos moradores em carros-pipa, uma vez que o açude possui apenas 6% de sua capacidade de armazenamento de água.

Jornal Correio da Paraíba

terça-feira, 16 de abril de 2013

Espécie de formiga pode ajudar a prever terremotos, dizem cientistas


Um tipo de formiga vermelha europeia é capaz de "pressentir" terremotos, fato que pode ajudar a determinar quando esses fenômenos sismológicos vão ocorrer, segundo estudo realizado por pesquisadores alemães e apresentado durante a Assembleia da União Europeia da Geociências, que termina nesta sexta-feira (12) em Viena.

De acordo com Gabriele Berberich, da Universidade de Duisburg-Essen, as formigas vermelhas têm uma rotina parecida com a dos humanos, "pois durante o dia estão ativas e à noite descansam".

A partir deste conhecimento, a pesquisadora disse que antes de terremotos, a formiga-vermelha-da-madeira (Formica polyctena), que costuma viver em florestas, muda hábitos e interrompe sua fase de descanso noturno, mantendo o comportamento atípico até que o terremoto passe.

Esses insetos constroem seus formigueiros em sistemas de falhas tectônicas ativas, que são zonas propensas a terremotos. Durante o experimento, desenvolvido entre 2009 e 2012, mais de 45 mil horas de vídeo foram gravadas para que se pudesse estudar os hábitos dessas formigas.

"Observamos que a colônia inteira, exceto a rainha, fica na parte superior do ninho, o que é bastante incomum. Normalmente, elas ficam em áreas mais profundas para evitar predadores", explicou Gabriele.

Precursores de abalos sísmicos

A pesquisa foi realizada em uma área sismologicamente ativa da Alemanha, classificou as formigas e analisou suas reações aos movimentos tectônicos, o que revelou os comportamentos incomuns antes e durante tremores superiores a uma magnitude de dois graus na escala Richter. "Em tremores de magnitude menor que dois graus, não pudemos detectar mudanças de comportamento significantes", afirmou a pesquisadora.

Além disso, outros parâmetros como mudanças no clima do formigueiro antes de um terremoto foram avaliados para determinar se influenciavam nos hábitos desses insetos, ressaltou Gabriele. "A pressão muda a estrutura dos gases, e as formigas são capazes de detectar essa alteração porque são muito sensíveis a estas reações, assim como a variações eletromagnéticas", explicou.

"Monitorar essas formigas foi um grande passo para entender os processos geotectônicos e diagnosticar alguns precursores (de movimentos sísmicos)", disse Gabriele. "Iniciaremos grandes projetos interdisciplinares para determinar com mais detalhes que é o que faz com que as formigas mudem seus hábitos dessa maneira", garantiu.

Cientistas desenvolvem rim em laboratório


Um rim "criado" em laboratório foi transplantado para animais onde começou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.

A técnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publicação "Nature Medicine", resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.

Técnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido. Os rins filtram o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.

A técnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente. Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.

Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo. Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.

Teia de células

Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas. A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.

Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as células adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão. O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.

Quando os rins foram testadas em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais. A equipe, então, transplantou o órgão para um rato. Uma vez dentro do corpo, a eficácia do rim caiu para 5%.
No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)."

Ele disse que o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano." "O impacto clínico de um tratamento bem-sucedido seria enorme."

'Realmente impressionante'

Seriam necessárias ainda várias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas. A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.

Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior. O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório. Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante."

"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."

Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo - o rim."

G1 Ciência

Cientistas descobrem nova espécie de peixe no Rio São Francisco


Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descobriram uma nova espécie de peixe que mede 20,8 milímetros e é natural da bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Chamado de Hisonotus bocaiuva, o animal foi descrito na última edição da revista científica "Ichthyological Exploration of Freshwaters", publicada em março.

O peixe é pequeno em comparação com a maioria das espécies da qual é "parente", cujos tamanhos variam de 30 a 40 milímetros, diz o pesquisador da Unesp Fábio Roxo, um dos autores do estudo.

Uma das características mais marcantes do peixe recém-descrito é a crista no topo da cabeça. A crista foi uma das coisas que permitiu que os cientistas diferenciassem a espécie de outras do mesmo gênero, explica Roxo.

Cascudo

A nova espécie pertence à família Loricariidae, cujos animais são chamados popularmente de cascudos, diz o pesquisador. "Esta é uma das maiores famílias de peixes e atualmente tem 862 espécies, sendo que nos últimos dez anos foram descritas 192, um aumento de 22%", ressalta.

O Hisonotus bocaiuva vive na vegetação marginal de pequenos e grandes riachos, afirma o pesquisador. Exemplares do peixe foram coletados na região da cidade mineira de Bocaiúva, por isso o nome escolhido. As primeiras amostras foram encontradas em maio de 2010. Só agora, no entanto, a nova espécie foi identificada e descrita pelos pesquisadores da Unesp de Botucatu.

Espécie abundante

"Acreditamos que seja uma espécie de peixe abundante. Recentemente fizemos uma nova coleta em riachos do Rio São Francisco e pegamos mais [exemplares] dessa espécie em outra localidade que não está no trabalho", informa Roxo.

O pesquisador ressalta que ainda não há informações sobre alimentação, comportamento e ecologia do peixe descoberto. "Esse tipo de trabalho normalmente é feito posteriormente à descrição, uma vez que só agora sabemos que a espécie é nova. Antes nem sabíamos que ela existia", diz Roxo.

Outros exemplares de peixes coletados pela Unesp pertencentes à mesma família podem ser descritos no futuro e dar origem a novas espécies. "O Rio São Francisco é riquíssimo em número de espécies", diz Roxo. "Só na nossa coleção tenho mais duas espécies novas do gênero Hisonotus, do Rio São Francisco", esperando para serem identificadas, informa o pesquisador.

G1

segunda-feira, 15 de abril de 2013

71% do semiárido da PB está em alto grau de desertificação; áreas mais afetadas são Cariri e Seridó


Caracterizado pela perda da biodiversidade e degradação dos solos, o processo de desertificação atinge em cheio o interior do estado da Paraíba que atualmente já consta mais de 71% de seu território de semiárido afetado com o processo em estágio avançado.

De acordo com o Insa, Instituto Nacional do Semiárido, localizado em Campina Grande, a situação está grave, ou gravíssima em áreas do Seridó paraibano, na divisa com o Rio Grande do Norte, e na região do Cariri, divisa com o estado de Pernambuco.  Nessas localidades, a desertificação é fruto da ação conjunta de alguns processos, tais como a redução da caatinga, a redução de fertilidade, as condições climáticas e a erosão.

Entretanto, para o professor Jonas Duarte, pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento de Tecnologias Sociais, o fator que mais influencia o desenvolvimento do fenômeno são as condições antrópicas, ou seja, as condições geradas pelo próprio homem.

“A ação que mais influência o processo de desertificação é a ação humana. O desmatamento degrada o solo que não resiste aos índices pluviométricos. Aqui chove pouco, mais as primeiras chuvas são sempre muito intensas e acabam levando o solo gerando um regime pluviométrico desastroso”, explicou o professor.

Ações de recuperação – Atualmente o Insa desenvolve algumas ações de recuperação do solo com a plantação de uma vegetação adequada, tais como Agavi, Macambira e Palma Forrageira em curva de nível.
Todas as ações contam com uma campanha de conscientização da população, prevendo as alternativas para enfrentamento dos processos de desertificação e mudanças climáticas. Mais de 500 famílias tem sido beneficiadas com os projetos que agregam, em sua maioria, os assentamentos do semiárido.

“O combate envolve diretamente a população local. Precisamos prezar por medidas educativas que ensine a população a lidar com o solo do semiárido e a conviver com o clima”, concluiu o professor.

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