domingo, 22 de março de 2015

Família norte-americana produz 3 toneladas de alimentos orgânicos no próprio quintal


Você já imaginou poder encontrar todos os alimentos necessários para a sua dieta em seu próprio quintal? Pode parecer algo inalcançável, mas a família Dervaes é uma prova de que isso é possível, mesmo para quem vive em áreas urbanas.

A família norte-americana vive na região de Pasadena, a apenas 15 minutos do centro de Los Angeles, nos EUA. O projeto de ter uma fazenda urbana começou na década de 80, conforme informado por eles no site Homestead Urban. Eles explicam que no início foram considerados loucos pelos próprios vizinhos, mas tudo deu certo.

A propriedade dos Dervaes possui o tamanho médio de casas no subúrbio de cidades norte-americanas. O terreno conta com pouco mais de 1.300 metros quadrados, o suficiente para produzir comida fresca diversa e em grande quantidade durante todo o ano.

O site do projeto explica que em 2010 a colheita chegou a 3.150 quilos, com 400 tipos diferentes de alimentos. Com uma dieta vegetariana, 90% de tudo o que a família come vem de seu próprio quintal. Além do plantio, a fazenda urbana também conta com um espaço para a criação de galinhas e cabras, de onde eles tiram ovos e leite, e um apiário, usado para a produção de mel.

A família explica que o fato de ter segurança alimentar no próprio quintal os encorajou a testar outras opções para serem ainda mais independentes. Por conta disso, a casa deles é equipada com sistemas de energia alternativa e o carro é abastecido com biodiesel caseiro.  

Tudo o que é cultivado na Homestead Urban é orgânico e o excedente é comercializado para a própria comunidade local. Os Dervaes, no entanto, garantem que o intuito da iniciativa não é comercial, esta é apenas uma forma de evitar o desperdício e proporcionar alimentos de qualidade a outras pessoas.

Todos os detalhes desta fazenda urbana estão disponíveis no site do projeto. “Esperávamos que, documentando nossas experiências pessoais poderíamos oferecer incentivo para aqueles que lutam para viver um estilo de vida mais autossuficiente e mais simples”, explica a família. Além disso, eles acreditam que por se tratar de um exemplo real e de sucesso, o modelo pode instigar outras pessoas a replicarem em suas casas, mesmo que a área disponível para sua própria fazenda urbana seja pequena.

Ciclo Vivo

Professor da USP explica os riscos de consumir água da chuva


Com a crise hídrica, que atingiu especialmente a região sudeste, aumentou o aproveitamento da água da chuva nas residências. Diversas tecnologias e cursos surgem para estimular essa captação. Mas, o professor de hidrologia da USP, Ivanildo Hespanhol, explica que é preciso ter certos cuidados.

Apesar de poder ajudar muito nas tarefas do dia a dia, a água da chuva não é própria para consumo humano. A água que cai no telhado, passa pela calha até ir para o recipiente de armazenamento. O problema é que nos telhados há diversas impurezas, que podem causar problemas de saúde, se ingeridas.

Hespanhol explica que essa água pode conter coliformes, metais pesados, resíduos de gasolina e álcool, entre outros perigos. Algumas pessoas então fervem a água captada, mas o professor afirma que isso elimina os organismos patogênicos, mas os químicos continuam presentes.

Sobre o armazenamento, ele recomenda que a água seja coletada em um tambor de polietileno e usada rapidamente. Hespanhol ainda lembra que é importante manter o recipiente fechado, pois com a incidência de luz começa a desenvolver alga, dentre outros contaminantes.

O armazenamento também é importante para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, só nos dois primeiros meses deste ano já houve aumento de 139% nos casos notificados, em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2015, foram 174,67 mil registros.


Redação CicloVivo